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ASDAB SUSTENTÁVEL: Lei de Logística Reversa para Impulsionar Setor Atacadista e Distribuidor

A preocupação com o meio ambiente tornou-se fundamental na discussão sobre a gestão responsável dos recursos produtivos. A transição para práticas mais sustentáveis não só beneficia a sociedade e as futuras gerações, mas também gera ganhos financeiros para as empresas. No Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) emerge como um marco regulatório crucial, incentivando a implementação da logística reversa, um sistema em que os resíduos são reintegrados ao ciclo produtivo.

No setor atacadista e distribuidor, essa responsabilidade ganha destaque. Empresas desse segmento têm a capacidade de influenciar tanto os consumidores finais quanto os corporativos e responsáveis por compras públicas, incentivando práticas mais sustentáveis. A implementação da logística reversa permite que embalagens, caixas e resíduos orgânicos retornem ao ciclo produtivo, diminuindo o impacto ambiental e promovendo uma economia circular.

Historicamente, padrões insustentáveis de produção e consumo foram apontados como principais causadores dos problemas ambientais e sociais. No entanto, uma verdadeira revolução econômica, equilibrando produção e sustentabilidade, depende de esforços conjuntos de governo, empresas e consumidores.

A PNRS estabelece diretrizes claras, mas sua aplicação eficaz requer colaboração entre todos os setores. A indústria, que já investe na reintegração de resíduos ao processo produtivo, precisa do suporte do poder público e da sociedade para consolidar essa prática. A criação de acordos setoriais específicos para cada tipo de resíduo é um caminho viável para aprimorar a legislação ainda frágil.

Além disso, o respeito pela biodiversidade é essencial. Dados alarmantes mostram que a perda de ecossistemas críticos, como mangues e florestas, exige ação imediata. Segundo a consultoria McKinsey, 53% dos CEOs das grandes empresas já reconhecem a importância de proteger a biodiversidade, o que indica uma tendência crescente de identificar e neutralizar impactos negativos, gerenciar riscos e mapear oportunidades no âmbito corporativo.

A política pública também precisa avançar na conservação das florestas, harmonizando atividades exploratórias com mecanismos de compensação ambiental, ainda ausentes no Código Florestal Brasileiro. Apesar dos desafios, o Brasil se destaca na redução de emissões de carbono relacionadas ao desmatamento e mantém a meta ambiciosa de desmatamento zero até 2020.

A responsabilidade compartilhada entre empresas, governo e consumidores é essencial para um futuro sustentável. O setor atacadista e distribuidor tem um papel crucial nesse contexto, liderando a implementação de práticas de logística reversa e contribuindo significativamente para a preservação do meio ambiente. A jornada para um equilíbrio entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade é longa, mas as iniciativas em andamento mostram que estamos no caminho certo.